sábado, fevereiro 26, 2005

Ah... no fundo do lado de tras do meu super-consciente ficou paradinha a ideia de te-lo. Ai. Foda acordar pra abrir a porta do quarto e dar de cara com aquela versao cheirosa de um Billy Idol pintudo, de cueca samba cancao (que raio de nome que tira todo o tesao!), descendo pra tomar um cafe. Se ele quisesse, todos esses dias que se passaram eu poderia ter feito cafe pra ele. Mas ele eh suficiente em si mesmo, gostoso, filho da puta ele. Lembro me bem de um dia a noite, entra ele doido de ketamina, caindo pelas tabelas, deita na cama bem do meu lado e comeca a falar. Ele fala pracaralho. O cheiro dele me desarruma toda, vem me buscar como o cheiro de torta no desenho do pica-pau, ondinhas de perfume cheio de hormonio, delicia de homem, caralho!
Bem, juntei todos esses e outros mini pensamentos e conclusoes animais e guardei em uma bolseta. Fui pra festa sabado passado e fiquei a pensar nele, tanto, mas tanto, que no fim da noite ele simplesmente caiu no sofa do meu lado.
"Sempre te quis", "Eu tambem", "Vc eh foda", Vc tambem eh muito foda", (beijo), "caralho, vc eh gostosa!", "uummmm"...

Let me not to the marriage of true minds

Admit impediments. Love is not love

Which alters when it alteration finds,

Or bends with the remover to remove:

O no! it is an ever-fixed mark

That looks on tempests and is never shaken;

It is the star to every wandering bark,

Whose worth's unknown, although his height be taken.

Love's not Time's fool, though rosy lips and cheeks

Within his bending sickle's compass come:

Love alters not with his brief hours and weeks,

But bears it out even to the edge of doom.

If this be error and upon me proved,

I never writ, nor no man ever loved.


sábado, fevereiro 05, 2005

Nunca escrevi nada sobre meus trabalhos nesse meu ninho de mafagafinhos. Tenho dois no momento, e irei descrever uma cena de um deles, quando fui distribuir folhetos de eventos em Londres na Oxford Street, Avenida (!) agitada, comercio intenso e naquela tarde de domingo, um protesto de um grupo de defesa dos animais, megafones na mao, distribuindo panfletos nervosos com fotos de animais sofrendo, em frente a loja de departamentos Selfridges. Meu panfleto? Um concerto da BBC em algum parque da cidade. Chego lah para minha uma hora de trabalho facil pra encontrar a frente da loja repleta de milititantes intensos. Uma mulher nos seus 40, vestida super coloridamente me aborda e pede vorazmente pra que eu mude de lugar pois as pessoas podem pegar meu papel pensando que faz parte do protesto, " e no mais, nos chegamos antes, e voce esta atrapalhando nossa reivindicacao!". Esqueci de dizer qual o tema do protesto. A Selfridges vende, entre outras coisas, casacos de pele, e os fervorosos naturebas pediam aos transeuntes que nao comprassem nada naquela loja, jah que eles "vendem produtos de assassinatos", e qualquer coisa que seja vendida lah pode ser facilmente encontrada em qualquer outra loja na Oxford Street.
Atendi ao pedido da mulher e dei algfuns passos pra direita, me afastando consideravelmete da porta principal da loja. Continuei entregando meus folhetos sorridente, quando em menos de 3 minutos outra mulher me aborda com o mesmo discurso, so que desa vez mais nervosa do que a mulher anterior. Eu digo a ela que fui paga pra trabalhar naquele ponto e nao ha nada que possa fazer. Um homem se aproxima de nos e me pede, mais educadamente para que eu me afaste um pouco mais. Tah bom! Me afasto mais e continuo meu trabalho, mas pra minha surpresa outra "protestante" vem reclamar, dizendo que a maioria das pessoas pegam meu panfleto, passando reto por todos eles. haha. Isso sempre acontece, penso comigo. People get what I give them. Me dei conta que haviam outras entradas menores onde poderia continuar meu trabalho.
Reparei que perto de uma delas havia um senhor de uns 70 anos tocando bag pipe, vestido de escoces e tudo mais! Continuei meu trabalho perto do escoces e quando faltava 15 minutos pro meu tempo terminar vejo os bombeiros estacionando na frente da Selfridges, aumentando o estado de caos que rondava a loja de departamentos. Nao me contive e fui perguntar o que acontecia. Um bombeitro muito simpatico me diz que um pombo ficou preso atras da rede de protecao na frente da loja, num imenso vazio acima da entrada, onde habitavam duas esculturas imensas. Eles foram chamados pela entao ecologicamente correta Selfridge para retirar o pobre animal de tras da rede.
Comecei a rir da hipocrisia da loja, que se preocupa com pombos mas vende casacos de peles. Pensei que o ato de chamar os bombeiros pra salvar um pombo seria uma tentativa de passar uma imagem ecologicamente correta da loja. haha. Chegeui em casa e contei pro R, e ele me disse que fazia muito sentido, e os bombeiros disfarcariam o protesto, adicionando mais caoticos elementos a Avenida. Faz bem mais sentido do que a minha interpretacao. Com certeza foi por isso.
Eu particularmente adoro trabalhar pra Impact, essa empresa de promocoes que me mandou pra Oxford Street no sabado e jah me levou a visitar lugares lindos e interessantes, que provavelmente nao visitaria em outra ocasiao, mas que agora frquento, como por exemplo Sommerset House, Kew Gardens, Royal Albert Hall, Royal Festival Hall, Wembley Arena, Kenwood House em Hampstead Heath entre outros. E tudo isso por um salario tambem divertido.